A trilogia de J. R. Tolkien nunca foi tão

A trilogia de J. R. Tolkien nunca foi tão conhecida como nos últimos meses. "A Sociedade do Anel", adaptação para o cinema do primeiro livro da série "O Senhor dos Anéis, está levando uma multidão a conhecer um universo de ficção científica que mistura elementos da mitologia, magia e barbárie.

Não dá para se dizer que o resultado final é excepcional. A direção do filme, faz valer as três horas de duração da história. Os cenários, em maquetes e computação, são verossímeis, é quase impossível se acreditar que não existam. As personagens, com bom grau de fidelidade aos livros, são naturais e parecem absolutamente integradas ao mundo que vivem.

E tem os anéis. Espalhados pela Terra Média com poder para se governar os reinos. Um deles, contudo, é o mais perigoso. Foi criado pelo maléfico Saurom, que o usou para conduzir seu exército de destruição pela terra. Com sua derrota, o "um anel" ficou desaparecido por quase um século. Até que ele foi descoberto e perseguido pelos seguidores de Saurom, que pretendem consolidar a era das trevas.
E a pequena jóia tem poder para isso.
O "um anel" é capaz de corromper o coração do mais nobre ser humano, com poder aquém da compreensão humana. Um anel que já trouxe destruição sem medida ao mundo. Um anel que invade sonhos, hipnotiza pensamentos, levanta desconfiança e inimizade, e que não descansa enquanto não houver a morte. Uma coisa tão pequena, para qual dá-se pouco valor ao primeiro contato, mas que é capaz de fazer o mal florescer em segundos.

Poucas obras de ficção lançaram uma metáfora tão real e intensa do que nós, cristãos, conhecemos por "pecado".
Frodo é o ser que precisa levar este anel para ser destruído na mesma fornalha onde foi criado. Durante toda a sua história, Frodo revela as suas vulnerabilidades ao poder, e as nossas ao pecado. Porque o anel, como o pecado, pode ser carregado bem junto do corpo, onde achamos que está seguro, sob nosso controle. Mas na verdade, apenas sua presença já é suficiente para que ELE nos controle. Ao primeiro sinal de problemas, recorremos ao poder que ELE tem para nos tirar da situação e levar a um caminho que nos corrompe a cada dia.

Quem já se livrou dele, como o mentor de Frodo, precisa se manter em constante vigilância, para não ser tentado a se apossar do artefato. Eu e você, cristãos, também, para não sermos tentados a voltar ao pecado que abandonamos.
Muita gente acha que tem poder para dominar esse anel e usar toda a força dele para o bem, como se convertesse a essência do mal. O anel de Saurom não poupa ninguém com essas intenções. Como o nosso pecado, que muitas vezes achamos que não precisa ser confessado diante dos homens e de Deus, mediante o qual temos poder para vencer. Tanta presunção só leva à desgraça, porque o pecado mina o nosso coração como minou o da Sociedade do Anel.
Lá, no passado, o guerreiro que conseguiu tomar o anel da mão de Sauron foi fraco na vontade de destruí-lo, deixando o mundo à mercê dessa nova tragédia. Aqui, a nossa analogia se diferencia da realidade.


Porque houve um, na história da humanidade, com poder superior a milhares de anéis e pecados, e que conseguiu viver pela terra sem render às tentações de poder, força e superioridade. O Mestre Jesus, mais sábio que qualquer personagem que poderia ser criada pela fértil imaginação humana, fez da sua cruz a fornalha que destruiu o anel do pecado. Fez da gruta vazia a sua marcha por sobre a era de trevas. E fez da sua ascenção a garantia de que nada vai nos separar do Seu amor, ao final dos tempos.

Como "O Senhor dos Anéis", nossa história cristã ainda não chegou ao fim. Só que ao invés de uma segunda ou terceira parte, estamos apenas aguardando o epílogo, o encerramento de nossa jornada por esse "mundo de trevas". Então, não teremos que encarar a batalha, mas o julgamento e a glória final.
Maranata, vem Senhor Jesus.

 

 

site original http://www.uol.com.br/bibliaworld/arte/cinema/aneis.htm

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