A QUINTA DA INFANTA
-No século XIV , D. Nuno Alvares Pereira , foi senhor destas terras , e fundou uma sua propriedada na Quinta da Princesa , também chamada da Infanta , por ter pertencido a D. Maria Benedita , filha mais nova de D. José I , e a Infanta Isabel Maria , filha de D.João VI . Desta quinta foi destacada uma parte que D. Nuno ofereceu a seu companheiro de armas e conselheiro militar Pedro Eanes Lobato . A esta família pertenceu o palácio hoje denominado de Cheira Ventos ou Paço da Amora . Durante largos séculos , foi a agricultura a principal fonte de ocupação e de riqueza das gentes desta terra , mas a exploração do sal foi também uma importante indústria , havendo conhecimento de que D. Nuno a deixou em testamento aos frades da Ordem do Carmo .
-Em termos de indústria porém , só no século XIX , mais precisamente em 1888 , foi instalada nesta freguesia uma de vulto , era a Fábrica de Vidros que chegou a produzir 90.000 garrafas por semana e 70.000 garrafões por ano e a empregar 350 operários . Seguiu-se uma profunda crise e um consequente despovoamento da terra , em especial para outras onde indústrias similares se mantinham em laboração .
-De novo a Amora se reabilitou mas em torno da indústria da cortiça , com a instalação da Fábrica da Mundet e a dos Productos Corticeiros Portugueses .
-Outras indústrias entretanto se foram instalando de explosivos , de productos derivados , da resina , de tecidos , farinhas e rações e reparação de barcos . A construcção civil ocuparia , sobretudo nos últimos tempos , um lugar de especial relevo .
Antero Ferreira