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Ednilsom Montanhole

Fascismo

Fascismo

Ideologia política da primeira metade do século 20, cuja idéia central era a de que o indivíduo deve estar subjugado às necessidades do Estado que, por sua vez, deve ser dirigido por um líder forte que incorpore a vontade da nação. Originalmente, o fascismo se desenvolveu na Itália, nos anos 20, com a ascensão de Benito Mussolini (1883-1945) ao poder, mas também se estabeleceram regimes fascistas na Alemanha (ver nazismo) e na Espanha; houve também movimentos fascistas fortes em muitos outros países nas décadas de 30 e 40 (no Brasil, o integralismo apresentou afinidades com o fascismo). O apelo do fascismo residia na imposição de uma imagem de ordem e disciplina, em contraste com a suposta licenciosidade na organização da economia das democracias liberais. Os movimentos fascistas adotavam uma estrutura paramilitar e, no poder, tentavam difundir a disciplina militar sobre toda a sociedade, ao custo da liberdade individual. As instituições democráticas eram substituídas pelo culto de um líder único, cujos pronunciamentos eram incontestáveis. Pode-se dizer que o fascismo foi uma forma de totalitarismo que, no entanto, atraiu o apoio das massas nos países em que esteve no poder, sendo derrotado apenas por meios militares no curso da Segunda Guerra Mundial. Alguns cientistas políticos apontaram a presença de elementos do fascismo em regimes autoritários das décadas subseqüentes, especialmente em ditaduras militares de países em desenvolvimento; nenhum desses regimes, porém, chegou a adotar explicitamente uma ideologia fascista.

integralismo

Versão brasileira do fascismo, o integralismo pregava o governo ditatorial ultranacionalista, que promoveria uma limpeza do país baseada no lema "Deus, Pátria, Família". Sua expressão partidária foi a Ação Integralista Brasileira (AIB), fundada em 1932, que obteve grande apoio dos setores mais conservadores da sociedade, como a oligarquia tradicional, os militares e o clero. Favorecido pelo quadro político da época e inspirado no fascismo italiano, o integralismo acenava para o perigo de que os comunistas ascendessem ao poder, a fim de manter os opositores sob vigilância constante e estabelecer um clima emocional tenso entre seus próprios partidários, que formavam grupos paramilitares capazes de dissolver as manifestações de esquerda. Os integralistas promoviam uma luta constante contra o "perigo vermelho". Em 1937, com o golpe de Estado dado por Getúlio Vargas, a Ação Integralista Brasileira foi dissolvida, assim como os outros partidos políticos. Entre os líderes do integralismo estavam Plínio Salgado e Raimundo Padilha.