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CapitalismoOrganização de um sistema econômico sob o qual os meios de produção, distribuição e câmbio são de propriedade privada e dirigida por indivíduos ou corporações. O sistema desenvolveu-se gradualmente nos países da Europa Ocidental entre os séculos 16 e 19. Os métodos capitalistas eram utilizados no comércio e transações bancárias antes de serem aplicados à produção industrial quando da Revolução Industrial. Em sua forma mais desenvolvida, o capitalismo, que é baseado no princípio de que decisões econômicas devem ser tomadas por indivíduos privados, restringe o papel do Estado na política econômica ao mínimo. Desta forma, defende o livre comércio. A indústria capitalista procura por vezes a proteção do Estado contra a competição externa: é o conhecido protecionismo. No século 20, as sociedades capitalistas foram sendo modificadas de várias maneiras: freqüentemente a economia capitalista vem acompanhada pelo desenvolvimento da previdência social e é então conhecido como o 'capitalismo do bem-estar', como na Europa Ocidental, onde também o capitalismo é combinado com determinado grau de intervenção governamental, como por exemplo o New Deal de F.D. Roosevelt ou o defendido por J.M. Keynes. Outra forma de desenvolvimento é a 'economia mista', na qual a produção de certos bens é nacionalizada, enquanto o restante da economia permanece de propriedade privada. A tendência do capitalismo do século 20, particularmente a partir da Segunda Guerra Mundial, tem sido o crescimento de companhias multinacionais que operam além das fronteiras nacionais, quase sempre controlando fontes econômicas maiores que muitos Estados pequenos ou médios. Com o colapso do comunismo, no final da década de 80, o capitalismo controlado tornou-se o principal modelo de atividade econômica do mundo. revolução industrial Termo que descreve a mudança na organização da indústria manufatureira que transformou de rural em urbana a economia da Grã-Bretanha, a partir do século 18, e posteriormente a de outros países. O processo teve início na Inglaterra, como resultado da combinação de fatores econômicos, políticos e sociais, incluindo a estabilidade política interna, a disponibilidade de recursos, como jazidas de carvão e ferro, além de capital. A máquina a vapor substituiu a força humana, do vento e da água, e fábricas foram construídas para a produção em massa de produtos manufaturados. Uma nova organização do trabalho, conhecida como sistema industrial, aumentou a divisão e especialização da mão-de-obra. A manufatura têxtil foi o primeiro exemplo de industrialização, criando uma demanda por máquinas e ferramentas, fato que estimulou a mecanização. Uma extensa malha de transportes, como canais, estradas e estradas de ferro, foi implementada, para que as experiências adquiridas fossem exportadas para outros países. O desenvolvimento industrial tornou a Grã-Bretanha a mais rica e poderosa nação do mundo, em meados do século 19. Simultaneamente, modificou-se, radicalmente, a feição da sociedade britânica, o que levou ao crescimento de grandes cidades industriais, particularmente nos condados centrais, no norte, na Escócia e Gales do Sul. Com o êxodo da população campesina, e como resultado de baixos salários, habitação precária e utilização de mão-de-obra infantil, uma série de problemas econômicos e sociais eclodiram. new deal Termo aplicado ao programa (1933-8) de Franklin D. Roosevelt pelo qual ele tentou salvar a economia norte-americana e acabar com a Grande Depressão. O termo foi cunhado pelo juiz Samuel Rosenman foi utilizado por Roosevelt em seu discurso de 1932, quando aceitou a indicação presidencial. A imagem de Roosevelt tornou-se popular pelo traço do cartunista Rollin Kinby. A legislação do New Deal foi proposta por políticos progressistas, administradores e especialistas a serviço do presidente, e o plano foi aprovado por maioria esmagadora no Congresso. A legislação emergencial de 1933 acabava com a crise bancária e restaurava a confiança pública; as medidas de alívio do chamado primeiro New Deal, de 1933 a 1935, como a criação da Autoridade do Vale do Tennessee, estimulavam a produtividade, e a Administração de Projetos de Trabalho reduziu o desemprego. A falência das agências do governo central provocaram o segundo New Deal, de 1935 a 1938, devotado à recuperação através de medidas como o Ato da Receita, os Atos de Wagner e o Ato de Seguridade Social. Apesar de não se poder considerar que o New Deal tirou os EUA da depressão, foi importante para a revitalização da moral da nação. Estendeu a autoridade federal em todos os campos e deu atenção imediata aos problemas trabalhistas. Apoiou trabalhadores, fazendeiros e pequenos empresários e, indiretamente, negros, que foram beneficiados pela legislação, que propunha equiparar as oportunidades e criar padrões mínimos de salários, carga horária, descanso e seguridade. a grande depressão (1929-33), termo popular para a crise econômica mundial que começou em outubro de 1929, quando a Bolsa de Valores de Nova York sofreu um colapso, o chamado "crack da bolsa". Como resultado, os bancos americanos começaram a resgatar empréstimos internacionais e relutavam em manter empréstimos para a Alemanha, para pagamento de reparações e desenvolvimento industrial. Em 1931, houve uma série de conversações entre a Alemanha e a Áustria por uma união alfandegária. Em maio, a França, que via nisto um primeiro passo em direção à união total, ou Anschluss, retirou fundos do grande banco Kredit-Anstalt, controlado pelos Rothschild. O banco anunciou sua incapacidade de cumprir as obrigações e logo outros bancos alemães e austríacos tiveram de fechar as portas. Embora o presidente americano Hoover tivesse negociado uma moratória de um ano nas reparações, já era tarde demais. Uma vez que a Alemanha era a principal receptadora de empréstimos britânicos e americanos, o colapso alemão logo foi sentido em outros países. Nos EUA e Alemanha, as pessoas começaram a 'corrida para os bancos', retirando suas economias pessoais, e cada vez mais bancos tiveram de fechar as portas. Fazendeiros não conseguiam vender suas colheitas, fábricas e indústrias não podiam tomar empréstimos e tiveram de cerrar as portas, trabalhadores foram demitidos, lojas de varejo faliram, e os governos não podiam suportar os seguros de desemprego mesmo onde estes estavam disponíveis. Nas colônias das potências européias e na América Latina, a demanda por mercadorias básicas entrou em colapso, aumentando o desemprego, estimulando também a agitação nacionalista. O desemprego na Alemanha alcançou seis milhões de pessoas, na Grã-Bretanha três milhões e nos EUA 14 milhões, onde, em 1932, quase todos os bancos estavam fechados. Na Europa, onde o processo de democratização desde a Primeira Guerra Mundial havia reduzido as tensões classistas, o efeito foi o fomento do extremismo político por toda parte. Renovado receio de uma ascensão dos bolcheviques produziu uma ala de extrema-direita e regimes militaristas inspirados pelo fascismo, não somente na Itália e Alemanha, mas em todos os estados balcânicos. Em 1932, Franklin D. Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e gradualmente foi se restaurando a confiança financeira, mas não antes do estabelecimento do Terceiro Reich na Alemanha, como um meio de revitalização da economia alemã. |