O auge da apostasia, quando o nome de Deus será blasfemado e a Sua adoração substituída pela adoração da besta, também terá duração de 42 meses. Concomitantemente irromperá violenta perseguição aos cristãos, a qual, segundo acreditamos, atingirá principalmente uma "quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras" (Ap 6,8), quando muitos cairão em testemunho de sua fé. Por isso, o Apocalipse formula repetidos apelos à constância na fé e à perseverança dos santos (cf. Ap 13,9; 14,12). O mesmo afirmou Jesus quando, no Evangelho, falou dessa derradeira perseguição: "Sereis odiados por todos por causa do meu nome, mas quem perseverar até o fim será salvo. Pela perseverança salvareis as vossas almas" (Mc 13,13; Lc 21,17-19). Vejamos como o próprio Jesus, no Evangelho, nos descreve essa perseguição:
               "Considerai também a vós mesmos, acautelando-vos dos homens, porque antes de mais nada vos hão de perseguir e prender, infligir-vos-ão maus tratos, lançar-vos-ão nos cárceres e vos entregarão aos tribunais e vos flagelarão nas suas sinagogas. Por causa do meu nome, sereis arrastados à presença de reis e governadores e tereis de dar testemunho diante deles e diante dos pagãos.
               Quando vos entregarem aos tribunais, não vos preocupeis em vossos corações com o que haveis de dizer ou como haveis de responder; mas falai o que vos for inspirado naquela hora. Eu vos darei tal eloqüência e sabedoria, que nenhum dos vossos adversários poderá contrariar ou por resistência: pois não sereis vós que haveis de falar, mas o Espírito Santo de vosso Pai falará em vós.
               Sereis entregues até pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e matarão muitos de vós. Uns quantos perderão a fé, se atraiçoarão e se odiarão mutuamente, pois o irmão entregará à morte o irmão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Pela perseverança, salvareis as vossas almas; quem perseverar até o fim, será salvo" (Mt 24,9-10.13;10,17-22; Mc 13,9.11-13; Lc 21,12-19 - em forma de harmonia). A propósito, vejamos o que diz Maria ao padre Gobbi:

"Chegaram os tempos por mim preditos, em que os sacerdotes que me veneram, escutam e seguem, são escarnecidos, vilipendiados e combatidos por outros sacerdotes, que também são filhos da minha materna predileção" (12/11/1988).

               O Apocalipse também descreve a "grande, a mãe das prostitutas e das coisas repugnantes da terra" (Ap 17,5), que prostituiu e profanou a fé, os templos, os altares e os sacramentos com a sua imundície; antes de ser eliminada, ela "estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus" (Ap 17,6).
               Dirigindo-se aos sacerdotes, Seus filhos prediletos, Maria manda-lhes este recado, através do padre Gobbi:

"Preparei muitos de vós para a prova suprema: entre os meus braços sereis imolados como pequenos cordeiros, a fim de que, com o Sangue de Jesus, também o vosso sirva para purificar a Igreja e renovar o mundo" (8/9/1979).

               A perseguição aos cristãos também está claramente estampada nas seguintes profecias: "Tudo isso se cumprirá durante um tempo, dois tempos e metade de um tempo [três anos e meio], quando a força do povo santo for inteiramente reprimida" (Dn 12,7). "Maltratará os santos do Altíssimo [...] e serão entregues ao seu poder" (Dn 7,25ss). Bem assim em vários textos do Apocalipse, principalmente este, referente à primeira besta: "Foi-lhe dado poder de fazer guerra aos santos" (Ap 13,7.10). A mesma situação vem reafirmada em Apocalipse 13, 16-17; 14,12-13; 16, 15.
               A vinda de Cristo e a chegada do Reino de Deus passam necessariamente por um batismo de sangue e de fogo. Primeiro virá o batismo de sangue, depois o de fogo.