Essa
expressão de Jesus não faz senão confirmar as profecias
de Daniel. Nas suas revelações, o arcanjo Gabriel aborda
várias vezes essa questão. Já no Evangelho, Jesus
recomenda essa leitura por ser de capital importância para o nosso
conhecimento e discernimento: "Quando virdes a abominável
desolação no lugar santo - onde não deveria estar
-, predita pelo profeta Daniel, quem o ler procure entender" (Mt
24,15; Mc 13,14). Essa "abominável desolação"
já deu o que falar através de dois milênios de interpretações.
Jesus e Maria, em Suas atuais mensagens, nos explicam tudo. Cessem, por
isso, todas as especulações a respeito. Também aqui
valem as palavras: "O que vem do alto é superior a todos"
(Jo 3,31).
Eis
as palavras de Daniel: "[...] No meio da semana [de anos] fará
cessar o sacrifício e a oblação, e nesse tempo haverá
abominável desolação, até que a ruína
decretada caia sobre a desolação" (Dn 9,27). "Será
uma época de tal devastação como jamais houve igual
desde que as nações existem, até aquele momento"
(Dn 12,1). E ainda: "Será num tempo, tempos e metade de
um tempo [um ano, dois anos e metade de um ano], no momento em que a força
do povo santo for inteiramente rompida [perseguições] que
todas essas coisas se cumprirão" (Dn 9,27). "Desde
o tempo em que for suprimido o sacrifício perpétuo e estabelecida
a abominável desolação, transcorrerão mil duzentos
e noventa dias" (Dn 12,11). Trata-se da supressão oficial
da missa e da Eucaristia, dentro da própria Igreja católica,
da mesma forma como já foram abolidas na maioria das denominações
cristãs. Será a missa substituída por outras cerimônias
sem qualquer valor, a não ser de mera lembrança da última
ceia, quando todos sabemos que a missa constitui a renovação
autêntica, verdadeira, real e mística do sacrifício
redentor da cruz.
"Tu
não me enganas", assim invectiva Jesus o anticristo, "porque
sei que, sob tua máscara de cordeiro, escondes uma horrível
catástrofe para a humanidade, tal como o mundo nunca viu. O teu
objetivo é abolir o Meu sacrifício [cf. Dn 12,11] e substituí-lo
pela iniqüidade e pela mentira" (5 a 29/8/90).
A
surpresa da missa será o grande sinal do início das calamidades.
Nossos
irmãos protestantes, tão denotados intérpretes da
Bíblia, explicam essa profecia da seguinte maneira: os judeus reconstruirão
o Templo, passando a oferecer sacrifícios como outrora: bois, ovelhas
e outras oferendas, quando "no meio da semana" (Dn 9,27),
tais sacrifícios serão drasticamente abolidos, faltando ainda
1.290 dias para a volta de Cristo (cf. Dn 12,11-12).
Entretanto,
Jesus e Maria, por dezenas de vezes, explicam que a profecia se refere
ao verdadeiro sacrifício da nova aliança: a missa. Como os
protestantes não atribuem à missa valor de sacrifício,
reportam-se à restauração temporária dos sacrifícios
do Antigo Testamento. Diferente, porém, é o raciocínio
de Maria que assim explica ao padre Gobbi:
"A missa renova o sacrifício consumado por Jesus no Calvário. Acolhendo a doutrina protestante, dir-se-á que a missa não é um sacrifício, mas somente a santa ceia, ou seja, a recordação do que Jesus fez na última ceia; e assim será suprimida a celebração da santa missa. Nessa abolição do sacrifício cotidiano consiste o horrível sacrilégio cometido pelo anticristo, cuja duração será de aproximadamente três anos e meio, isto é, de 1.290 dias" (31/12/1992).
Em Suas mensagens a Vassula, Jesus não se cansa de lembrar a grande calamidade e de ameaçar esses "vendilhões" e "corruptores":
"O Meu regresso é iminente [...].
Acaso não lestes ainda que deveis manter-vos despertos e vigilantes,
para que, ao verdes a abominável desolação, já
anunciada pelo profeta, surgir no Meu santuário, saibais que será
esse o sinal do fim dos tempos, anunciado pelo profeta? [...] Os meus opressores
pensam triunfar, e os vendilhões julgam poder continuar fazendo
comércio em Meu santuário... Eles, que se infiltraram na
Minha Igreja, ficarão espantados, e todos os corruptores serão
abatidos. A todos eles Eu digo: "Vós, que corrompestes a vossa
sabedoria, comercializando a Minha imagem, trocando-a por uma estátua
inanimada, um falso deus, um ídolo; vós, que lutais para
erguer essa abominação devastadora e abolir o Meu sacrifício
perpétuo, vós bebereis em cheio o cálice da Minha
justiça" (22/10/1991).
"Do Meu sacrifício perpétuo fizestes um objeto de
escárnio, uma imitação sem valor, uma abominável
desolação... Mas estes são oçs sinais dos tempos;
a vossa grande apostasia e o espírito de rebelião, que é
o anticristo destes vossos dias, e a abominável desolação"
(16/7/1991).
Essa
abolição oficial da missa, que virá, como dissemos,
após o afastamento do Papa João Paulo II, será decretada
pela autoridade máxima da Igreja, o anticristo, em nome de um malfadado
modernismo, doutrina que então será invocada para justificar
tamanho sacrilégio.
Começará, a partir daqui, uma desagregação completa na Igreja católica em todo o mundo, conforme reza a profecia: "Fere o pastor [Papa João Paulo II], para que as ovelhas sejam dispersas; então estenderei a mão aos pequenos" (Zc 13,7). então cardeais se posicionarão contra cardeais, bispos contra bispos, cristãos contra cristãos. É o próprio Jesus quem o descreve a Vassula:
"Todas essas coisas que Eu predisse acontecerão
agora rapidamente, nada poderá ser evitado. Eu vos falei da apostasia,
essa apostasia que impede a ação dos Meus melhores amigos
e os mantém desarmados pela rapidez e amplitude das articulações.
Não disse Eu que os cardeais se oporiam aos cardeais e que os bispos
criticariam os bispos, e que são numerosos aqueles que vão
pelo caminho da perdição? Com as suas contínuas dissensões,
eles enfraquecem a Minha Igreja. Hoje esse espírito de rebeliào
cresce no interior do Meu santo lugar [cf. mt 24,15]" (19/2/1993).
O
"santo lugar" a que Jesus se refere é o próprio
centro da Igreja católica: a Basílica de São Pedro.
Quem
sofrerá as conseqüências deletérias serão
as ovelhas do rebanho que, desorientadas, não saberão mais
a quem recorrer e se dispersarão. Mas dentro da hierarquia sempre
haverá alguns que permanecerão fiéis à doutrina
milenar da missa e da Eucaristia. Durante esse turbulento período
de 1.290 dias, muitos bispos e sacerdotes fiéis continuarão
a celebrar a santa missa. Serão por isso perseguidos e uns quantos
perecerão, imolados como cordeiros, pelos agentes que se encontram
a serviço da efêmera fúria triunfante da segunda besta
do Apocalipse.
Não
está claramente definido se isso acontecerá em todo o mundo.
As vítimas da perseguição vêm mencionadas na
abertura do quinto selo (cf. Ap 6,9-11), mas a sua chacina ocorre na abertura
do quarto selo (cf. Ap 6,7-8). Fala-se ali na jurisdição
sobre a quarta parte da terra, para matar de diversas maneiras.
Maria
prometeu dispensar uma proteção especial aos povos da América
Latina, conforme revelou ao padre Gobbi, em Quito:
"Desejo revelar-vos os desígnios
de graça e de misericórdia que vossa Mãe celeste vos
prodigaliza: Considero esta parte da terra como preciosa propriedade minha.
[...] Eu salvarei a América Latina" (27/12/1992).
Assim prometeu, sem deixar de lamentar os desmandos e as imoralidades que aqui se cometem, a par da descrença que se alastra por toda a parte.